Passaram apenas 5 meses desde o lançamento de “Army of Dead” e já recebemos o primeiro spin-off/prequela! “Army of Thieves” tem o regresso do carismático Matthias Schweighofer como Dieter, ou Sebastian, e ainda nos mostra os talentos do actor como realizador do filme que foi inspirado no universo criado por Zack Snyder, com o guião escrito por Shay Hatten.
O filme conta a história de Dieter alguns anos antes de ser recrutado por Scott Ward (Dave Bautista) para o assalto a Las Vegas. O carismático “arrombador de cofres” foi dos personagens mais memoráveis no meio de tantos “machos alfa” em “Army of Dead”, e o regresso dele nesta prequela é completamente justificável. Embora muitos possam achar enjoativa a colecção de gritos, tiques, olhos arregalados, “glup’s”, e exagero na hora de nos esfregar na cara, tantas vezes, que ele tem um coração de ouro, o carisma do actor acaba por compensar. E, no fundo, ele acaba sempre por ter uma Gwendoline (Nathalie Emmanuel) para o amparar.
A história começa com Gwendoline, a partir de agora apenas Gwen, a recrutar Dieter, que ainda era Sebastian, um banqueiro bem-educado, para se juntar à sua equipa de ladrões internacionais. Tudo isso porque a sua última missão era assaltarem uma trilogia de cofres criados pelo herói de Dieter.
Convém dizer que a restante equipa é mais uma distracção, porque o filme foca-se na paixão de Dieter pelos cofres que está a tentar arrombar. Afinal, ele preocupa-se mais em descrevê-los e contar a sua história, do que com o seu conteúdo. Ainda assim Ruby O. Fee, Stuart Martin e Guz Khan interpretam bem os seus papéis secundários.
O filme acerta nas sequências de acção bem treinadas, nas fugas (mais realistas que o normal neste tipo de filmes), nos vários alívios cómicos que nunca se levam demasiado a sério, na escolha do elenco, e no carisma e na paixão demonstrados por Matthias Schweighofer.
Falha, principalmente, por querer mostrar à força toda que faz parte do universo de “Army of Dead”, com mais zombies do que seria expectável. E com um final que resultaria melhor se fosse incluído como cena pós-créditos e não como um “copy paste” na parte final da história de Dieter.
Mas o filme é bom, e deixa-nos com vontade de saber o que aconteceu com a equipa de Dieter, e à espera que o próximo derivado de “Army of Dead”, “Lost Vegas”, chegue rápido!