“Avatar: The Way of Water” fica a um “guião” da Perfeição!

Anos depois dos acontecimentos do primeiro filme, Jake Sully (Sam Worthington), antigo humano agora transformado em Na’vi, e Neytiri (Zoe Saldaña) ainda são os líderes da tribo Omaticaya e têm 3 filhos: Neteyam, Lo’ak e Tuk. A família conta ainda com Kiri (filha adoptiva), que é filha da Dr.ª Grace (Sigourney Weaver). E é para proteger a sua numerosa família que Jake e Neytiri decidem exilar-se após o retorno da RDA a Pandora. Ao abandonarem a sua casa, na floresta, eles decidem refugiar-se na tribo aquática Metkayina.

Na minha opinião o filme é cinematograficamente perfeito, embora tenha um guião preguiçoso. Apesar de repetir os erros e acertos do primeiro filme, 13 anos depois, este acaba por conseguir ser superior ao seu antecessor. Cameron não costuma fazer sequências, mas quando faz, é para superar o original. Este tem uma história que nos prende mais, personagens mais interessantes, cenas de acção frenéticas, e a velocidade a que se passa tudo acaba por ajudar a não perder o interesse. Para além disso, Cameron acrescentou mais humor a este guião, soltando algumas gargalhadas não esperadas do público. O filme, aliado ao excelente uso das tecnologias e do 3D, conseguiu ainda tirar alguns rabos das cadeiras com um jumpscare de se tirar o chapéu.

Para começar, e sem me alongar muito neste assunto porque, caso contrário, seria preciso um livro inteiro, gostava de falar de Pandora. O mundo continua a encantar-nos, visual e culturalmente. Já foi muito explorado, e ainda há muito por explorar. Nós, claro, agradecemos. A beleza, a tonalidade das coisas, a vivacidade das cores, os visuais de tirar o fôlego, e as cenas aquáticas que superam qualquer outro filme aquático que já existiu, ou possa vir a existir num futuro próximo, são o combustível para nos deixar ainda mais cativados com este mundo. E nisso, temos de agradecer aos responsáveis pelo CGI, edição, e toda a vertente técnica, por terem criado um novo marco na história do cinema, no que toca a tecnologia. Especial destaque para as cenas debaixo de água e à chuva.

Agora vamos ao que eu não gostei, ou gostei menos. Confesso que ainda hesitei entre as 4 e as 4.5 Estrelas, mas não fiquei particularmente fã do regresso de Quaritch como vilão. Gostei da forma como o trouxeram, mas achei desnecessário ou até cedo demais este regresso.  Acho que um novo vilão, ou até mesmo transformar outro vilão deste filme num vilão principal com maior destaque, seria melhor do que esta opção. Que infelizmente, e muito provavelmente, continuará por mais umas sequências… Também não gostei de grande parte dos diálogos, que são fracos e muitas vezes dão a sensação de que sofreram cortes abruptos para o filme não ser maior ainda. Acho que foi também por isso que deixaram alguns personagens por desenvolver no futuro, e outros numa outra vida (Não posso falar mais sem estragar surpresas). Para além disso, existem alguns furos no guião, ou erros de continuidade, no que toca aos humanos existentes em Pandora. E o guião acaba por ser um pouco preguiçoso, aliando-se a inúmeros clichés.

Mas, no fim, é um filme para toda a família, que vai ter muito sucesso não só a nível das críticas, como monetariamente. E que eu aconselho vivamente a ser assistirem no cinema. Quanto às pontas soltas que o filme deixa, encontramo-nos em 2024 na crítica da próxima aventura em Pandora.


Avatar: The Way of Water
Avatar: O Caminho da Água

ANO: 2022

PAÍS: EUA

DURAÇÃO: 192 min.

REALIZAÇÃO: James Cameron

ELENCO: Sam Worthington, Zoe Saldana, Sigourney Weaver, Stephen Lang, Kate Winslet, Cliff Curtis.

+INFO: IMDb

Avatar: The Way of Water

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