The Boss Baby: Family Business – pasmem – é melhor do que o primeiro, e o primeiro já foi bom. Tom McGrath volta como realizador (e agora também argumentista com Michael McCullers) e Alec Balwin como o nosso amado Boss Baby Theodore Templenton. James Mardsen – Tim Templenton -, Amy Sedaris – Tina Templenton –, Ariana Greenblatt – Tabitha Templenton –, Jeff Goldblum – Dr. Armstrong – e Eva Longoria – Carol Templenton – são agora introduzidos para a sequela do sucesso de bilheteira The Boss Baby.
Chorei, mais do que uma vez. Começo por aí. Não estava nada à espera e podem julgar-me, também o fiz, «porque é que eu estou a chorar só porque eles se estão a abraçar? Oh, mas ele apanhou-a!», foram alguns dos meus momentos. Achei importante deixar claro que esta animação mexeu comigo. E sim, eu sei que isto não é nenhum drama, mas filmes que falam sobre família e o amor fraternal mexem comigo…
Em Family Business, somos apresentados a uma nova realidade dos irmãos Templenton: eles agora são adultos. Tim, o irmão mais velho, está casado com Carol com quem tem duas filhas, Tina e Tabitha. Por sua vez, o nosso Boss Baby – que já não é bebé – é agora um empresário de sucesso que não tem tempo para a família – o que não surpreende em nada, não é? Infelizmente, com o passar dos anos e com uma ajudinha da fase adulta, a nossa dupla preferida seguiu caminhos opostos. Mas calma, não se preocupem… com o surgimento de uma possível ameaça um novo boss baby aparece, desta vez uma menina, – Girl Power! – e ela vai fazer com que Tim e Ted unam forças para combater um terrível vilão. Para tal, os irmãos Templenton vão ter de voltar a ser as personagens a que fomos introduzidos no primeiro filme: uma criança de sete anos e um bebé. A partir daqui começa a aventura que me fez rir, chorar e aqueceu-me o coração.
O filme de animação da Dreamworks mostra-nos com leveza uma inversão de papéis tidos como norma, onde o homem passa agora a ser o cuidador do lar – Tim é quem cuida da casa e das crianças enquanto Carol, a esposa, é a provedora -; mostra a realidade de como as tecnologias nos podem ser prejudiciais; – mesmo que de forma exagerada, não fosse isto um filme de animação cheio de fantasia, a crítica está ali e foi bem conseguida – fala, obviamente, sobre as relações familiares e também sobre como a vida adulta nos pode roubar a criança que existe em nós – aqui representado pelo nosso antigo Boss Baby, Ted. Ok, o filme aborda diversos temas e, muitas vezes, isso pode acabar por ser a ruína de algo com bastante potencial, então será que isso acontece aqui?
Não.
Neste caso, Mcgrath fez um ótimo trabalho e consegue fazer com que os temas intercalem e/ou até fiquem entrelaçados de uma forma satisfatória e sem ruído. E se o realizador fez um bom trabalho não posso deixar de mencionar aquele que, para mim, é a grande estrela do filme: Jeff Goldblum que ofereceu a voz ao Dr. Armstrong e tornou-o ainda mais cativante. É óbvio que Alec Balwin,mais uma vez, fez o trabalho que lhe era pedido e o seu timing continua maravilhoso, mas o Goldblum tem um lugar especial no meu coração, especialmente quando é o “vilão”.
Esta é uma maravilhosa opção para distrair a família toda, onde miúdos e graúdos se vão divertir imenso e aprender várias lições – nem que seja para gravar bebés e tentar perceber se eles afinal falam e usam um fato por baixo do babygrow… nunca se sabe.