“Fatherhood” realça a melhor actuação da carreira de Kevin Hart!

“Fatherhood” foi o filme que me deixou com a pulga atrás da orelha desde que vi, pela primeira vez, o trailer. Eu queria ver este filme. Eu tinha de ver este filme! A expectativa de algo dramático, misturada com a expectativa de algo cómico (Por ter Kevin Hart como protagonista), resultaram num filme quase tão bom como aquilo que esperava: Uma “dramédia” fantástica!

Antes de começar a “criticar” o pouco que há para criticar, tenho de destacar a actuação soberba de Kevin Hart como Matt. Ele encara o papel com um brilhantismo fantástico. Pensei que fosse apenas no início para nos introduzir a principal trama do filme, mas enganei-me. A angustiante cena em que Matt (Hart) recebe a informação do falecimento da sua esposa, no dia seguinte a serem pais, marca apenas o início de uma grande actuação. Com um equilíbrio fantástico, e digno de nota, entre o tom humorístico e dramático. Posso facilmente dizer que esta foi, sem dúvida, a melhor actuação da sua carreira.

O filme conta a história verídica de um homem a tentar descobrir como ser pai. Matt fica viúvo no dia seguinte ao parto da sua filha. E decide criar a menina sozinho. Mesmo quando ninguém acreditava nele (E acreditem, o filme foca muito esse aspecto! Por vezes chega até a ser desconfortável). Imaginem um pai que tem de lidar com o luto, e com a sua nova realidade: Tem uma filha para criar, mas não tem a ajuda da sua esposa.

O filme tem um equilíbrio fantástico entre o drama e a comédia (Se pudesse até sugeria ao realizador de “Nobody” que o visse). Não mostra muitas cenas românticas, mas nunca deixa os palavrões de lado. Nunca se aproveita do facto de Matt ser um pai solteiro para meter o dedo na ferida sempre que lhe perguntam “onde está a mãe?”. Em vez disso usam as várias desculpas dele (Com um toque humorístico de Hart) para balançar o filme e nunca o tornar num verdadeiro drama. Ainda assim, é um bom entretenimento que pode fazer chorar de tanto rir, ou rir de tanto chorar. Que o diga quem assistiu ao filme comigo… Já que eu não posso dizer o mesmo. Digo apenas que mantém a linha. Não me faz rir que nem um perdido. Nem me faz chorar como outros dramas comoventes. Está lá no meio. E, no fundo, acho que era esse o objectivo.

Mas o filme também tem alguns erros a destacar. Afinal, são esses erros que ditam as 4 Estrelas, em vez de 5. As semanas de folga, a autorização para levar a criança para o trabalho, especialmente em dias de reuniões importantes, e até as ameaças de despedimento e promoções repentinas, não tornam o filme num reflexo real dos desafios de um pai solteiro.

Para terminar, gostava apenas de destacar a química fantástica entre Hart e Melody Hurd, que funciona na perfeição. E a “rivalidade” entre Matt e a sua sogra, que ficou a desejar por mais.

“Fatherhood” é um típico filme de sessão da tarde, com destaque para actuação soberba de Kevin Hart (Que depois de nos habituar ao seu lado cómico, nos presenteou com a melhor actuação da sua carreira!), e a quimica entre ele a jovem actriz Melody Hurd. Um filme para chorar de tanto rir, ou rir de tanto chorar! Com uma mensagem linda sobre o significado de ser pai.


Fatherhood
Paternidade

ANO: 2021

PAÍS: EUA

DURAÇÃO: 109 min.

REALIZAÇÃO: Paul Weitz

ELENCO: Kevin Hart, Melody Hurd, Alfre Woodard.

+INFO: IMDb

Fatherhood

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