Este ano tivemos o regresso da família mais estranha e disfuncional do cinema de animação. E não estou a falar da Familia Addams, mas sim de “Hotel Transylvania”. O filme tinha tudo para ser engraçado como a trilogia original, mas acabou por deixar muito a desejar.
Drácula (Brian Hull, que substitui o icónico Adam Sandler) quer reformar-se e deixar o hotel para a sua filha Mavis (Selena Gomez) e o seu genro, Johnny (Andy Samberg). Mas a verdade é que ele nunca gostou muito de Johnny por ser diferente, por ser humano, e essa é uma questão que pensávamos que já tinha sido ultrapassada há muito tempo… Mas, como pretexto para não deixar o hotel ao seu genro, ele diz que existe uma lei imobiliária que só permite passar o hotel para um monstro.
E, em busca da aprovação do seu sogro, Johnny vai à procura de algo que o transforme em monstro. E acaba por encontrar Van Helsing, que lhe arranja um cristal capaz de transformar humanos em monstros e vice-verse.
À partida parece ter um plot criativo e inovador. Mas acaba por se tornar um pouco ridículo e esquecer tudo o que foi feito anteriormente. Inclusive deixa alguns personagens queridos do público para trás, com participações bastante curtas e quase rotineiras. A busca pelos cristais preciosos na Amazónia também já é algo comum em vários filmes.
Mesmo sendo uma animação, esta saga sempre foi dirigida para a família inteira. Mas o quarto volume para ter sido infantilizado demais, acabando por perder um pouco a sua graça. E muito disso deve-se à falta de Adam Sandler como produtor e voz de Drácula.
A saga começa a apresentar algum desgaste com o filme mais fraco de toda a franquia. Ainda assim, diverte, entretém, e apresenta um plot interessante e curioso. Só é pena que não tenha excedido as expectativas como os anteriores.