Revisualizando: “John Wick”, o pontapé inicial de uma das melhores sagas de acção!

Falta apenas um mês para voltarmos aos cinemas para ver a nova aventura de John Wick (Keanu Reeves), por isso este TBT não podia deixar de ser sobre ele.

O filme que introduziu este personagem no cinema estreou em 2014, e já contou com duas sequelas (2017 e 2019) e alguns spin-offs anunciados. É caso para dizer que a saga veio para ficar. Mas eu acho que nem sempre foi essa a ideia. Penso que a ideia inicial seria satirizar um pouco o estereótipo do homem que consegue exterminar exércitos sozinho. Mas a saga abraçou essa ideia e meteu Wick num patamar em que ele é quase um super-herói imortal. Um pouco ao estilo de Fast and Furious…

Wick é um ex-assassino profissional que está de luto pela morte da sua esposa, vítima de uma doença terminal. Sabendo que os seus dias estão contados, ela providencia a entrega de um cão ao seu marido após a sua morte, para que ele tenha uma companhia. Mas esse cenário melancólico transforma-se numa guerra quando um grupo de assaltantes rouba o seu carro e mata o seu cão. Nesse momento Wick inicia uma vingança contra eles.

É interessante observar o guião a fugir da comum vingança pela morte da esposa. Desta vez ninguém matou a mulher do personagem principal. Desta vez ela morreu de causas naturais. Mas mataram o cão que ela ofereceu ao marido. E por isso merecem sentir toda a raiva que Wick tem contida nas suas veias. Muitos criticaram os motivos pouco válidos do personagem para tamanha chacina. E a saga faz questão de satirizar o assunto nas duas sequências: “Tudo isso por um cão?”. Mas o realizador continua a defender a sua aposta e no terceiro filme da saga inclusive apresenta outra ex-assassina que seria capaz de tudo pelos seus cães, que lutam lado a lado com ela.

O filme foi realizado por Chad Stahelski, um duplo profissional que decidiu aventurar-se na realização com John Wick e manteve-se, até hoje, a comandar toda a saga. Chad teve a ajuda de David Leitch no primeiro filme. David depois ficou conhecido por realizar Deadpool, Hobbs & Shaw e o mais idêntico a John Wick: Nobody (Estrelado por Bod Odenkirk, o Saul Goodman de Breaking Bad). Chad foi duplo em praticamente todos os grandes filmes de acção dos últimos anos, por isso não é de estranhar que tenha introduzido coreografias de lutas fantásticas nesta saga. Mas o que mais impressionou tudo e todos foram os planos abertos e a edição contínua nas cenas de acção! Eles também não tiveram medo de lançar o filme com uma classificação para adultos, onde podemos testemunhar autênticos banhos de sangue.

No papel principal, Keanu apresenta um personagem sempre bem-educado e com valores, um verdadeiro gentleman que nos lembra 007. Mas lembrem-se, ele ainda é o Baba Yaga, ou o Bogeyman como eu li em algumas traduções. Esta é, sem dúvida, uma das melhores actuações de Keanu.

Para além de tudo isso, o filme apresenta cenários incríveis, com especial atenção para os efeitos psicadélicos das cenas de acção na discoteca. E muitos personagens adjuvantes bastante interessantes. No fim descobrimos que estamos apenas perante uma pequena peça do puzzle. E o realizador tem continuado a dar-nos outras peças desta mitologia absolutamente cativante, criada por ele, nas sequências.

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