Não há muito mais que se possa dizer sobre a segunda parte da quarta temporada de Stranger Things. Quer dizer, não há muito mais para dizer do que aquilo que já foi dito na crítica da primeira parte da temporada, que podem ler aqui!
O meu maior medo concretizou-se. O episódio 7, absolutamente genial, elevou tanto a fasquia que não deixou espaço para os últimos dois brilharem. Mas isso não é propriamente mau. Só porque o melhor episódio da temporada não foi o último, ou porque os homens lá de cima decidiram dividir a temporada em duas partes, não significa que esta temporada tenha tido menos valor. Aliás, a minha avaliação mantém-se exactamente igual. E continuo a achar que foi a melhor temporada da série.
O último episódio, que mais parecia um filme pela sua duração, consegue cativar-nos de maneira a não se tornar demasiado enjoativo, repetitivo, ou mesmo “esticado”. O ritmo mantém-se extremamente rápido. A fotografia contínua óptima, o elenco também, e a banda sonora continua a elevar a série. Os easter eggs e referências continuaram aos molhos. As decisões dos realizadores não nos conseguem deixar tão estupefactos como a reviravolta que nos ofereceram no sétimo episódio, mas conseguem mostrar-nos que não têm medo de matar personagens importantes. Embora nem todos estejam realmente mortos.
Compreendo a frustração de todos os que criticaram os episódios finais. Afinal, os fãs de “Stranger things” não estão habituados a verem uma temporada terminar em aberto. Quanto a mim, não me julguem, mas se “os bons” tivessem perdido a temporada estaria mais perto da perfeição. E deixavam-nos ainda mais ansiosos pela última temporada.